Tempos de consumo imediato.

Perdeu-se.

Perdeu-se o tempo de criar memorias.

Perdeu-se o tempo de coisas valiosas. Vivemos o tempo do descartável. A fotografia que você captura agora provavelmente não será mais vista em breve. É apenas para um “reels”, um “post” ou um “storie”. Tenho casos de amigos que fizeram uma viagem de carro maravilhosa. Pensei em organizar algumas fotos em um álbum tipo fotolivro para eles. Quando soube que deveria selecionar entre 5.000 fotos, isto mesmo 5.000 fotos, desisti.

Você se lembra do último álbum de fotos que olhou? Provavelmente não. Provavelmente nem olhou para nenhum. Lembra do último livro marcante que leu? Da última música?

Você lembra da última propaganda marcante que viu? Não? pois é. Propaganda também é assim agora. Cada “app”, cada página da web que você clica explode de propagandas. Fica difícil até acessar o conteúdo que o levou até ali.

E o resultado disto: você nem lembrará mais momentos importantes que viveu. Talvez lembre de alguns fragmentos. Mas lembrar, lembrar mesmo, daquele jeito em que a gente revive momentos, em que a gente lembra de detalhes. Provavelmente não.

Para ajudar a pensar sobre memórias, aqui vai um vídeo onde Peter Donegan, candidato no The Voice UK, tem o nome reconhecido por Tom Jones pois o pai de Peter escrevera uma canção juntamente com Tom Jones. Ao final eles cantam juntos.

PS.: Você conhece a carreira de Tom Jones? Conhece as músicas “Delilah”, “Green Green Grass of Home” ou “She´s a Lady”? São do tempo onde eu ainda cultivava memórias.

Muitas vezes já disseram o que queremos dizer…

Muitas vezes, as palavras trazem um sentido difícil de entender.
Muitas vezes, mais de um sentido, dependendo do que queremos entender.

Metade

Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

https://youtu.be/ujQoUEdXr_8

Garageband no iPad, bom para brincar ou para levar a sério.

Garageband - Smart GuitarConforme eu havia dito anteriormente, 3 grupos de aplicativos me seduziram para o iPad, e não para os encantos dos tablets com Android. São aplicativos para música, para escrita com caneta e para desenho.

Vamos ver o primeiro grupo: música.

Este, na verdade, foi um único aplicativo que me encantou. O GarageBand. Existe uma versão para iPad e Uma versão para Mac. Só conheço a versão para iPad e não pretendo aqui fazer uma avaliação técnica do aplicativo. Apenas vou comentar alguns recursos que ele tem.

Pois, lamentavelmente, não existe nenhum aplicativo com funcionalidades semelhante para a plataforma Android. Existem sequenciadores, baterias eletronicas ou guitarras, mas nenhum que tenha as mesmas funções do Garageband agrupadas. Quem ja conhece o aplicativo sabe do que eu estou falando.

É um aplicativo muito completo, por um preço muito atrativo (U$ 4,99).

Para quem gosta de “brincar” com a música, como eu, ele é perfeito. Para quem sabe “fazer” música ele pode ser uma banda inteira.

Vou fazer este post meio curto mesmo. Deixo os detalhes para um próximo (que ainda tenho que estruturar para não virar um livro, pois são muitos recursos).

Segue 2 vídeos do youtube com gravações realizadas utilizando somente o GarageBand. Se Procurarem por “Garageband iPad” irão encontrar muito mais, com gravações de excelente qualidade.

Em um próximo post tentarei fazer um resumo dos seus recursos.

A título de curiosidade. Comprei este aplicativo antes de comprar um iPad. Quando ainda fazia um “test drive” para ver se gostaria de usar e para o que usaria um iPad. Alguns me questionaram sobre a compra do aplicativo mesmo sem ter o iPad. Pois respondi que, convertidos os U$ 4,99, o valor pago resultava em aproximados R$ 9,00. Eu já havia gasto muito mais que isto em fichas de fliperama. Portanto,o o uso como diversão pelo tempo do test drive já justificava a compra. Atualmente, qualquer revista de publicação mensal custa aproximados R$ 12,00, mais do que havia pago pelo aplicativo, e compro para uma única leitura.

Isto demonstra como ainda pensamos sobre o fato de “pagar” por um programa de computador. Estamos acostumados a querer tudo de graça. É preciso reavaliar este conceito. Quando o preço é adequado ao uso que daremos ao aplicativo nada mais justo que pagar. É quando avalio se preciso pagar R$ 800,00 por um Office, para usar os recursos mínimos de cada aplicativo do pacote. Não é um caso justo. Fornecedores como a Microsoft é que precisam rever seus conceitos (também não sei se precisam mesmo, afinal com seus conceitos atuais são empresas bilionarias – o problema é meu, e não deles).

Vamos pelo simples e fácil…

Passei muito tempo pensando em como recomeçar. Qual assunto tratar, ser correto nas afirmações, pesquisar.

E…. nada de achar o ponto inicial.

Então decidi ser simples, ser mais leve e falar sobre qualquer coisa. Sem grandes compromissos. Quem se interessar que leia.

Então finalmente recomecei. Vou escrever sobre o que der vontade na hora.

Vou então falar um pouco sobre uma nova aquisição: rendi-me ao Steve Jobs e comprei um iPad (iPad 1 é verdade, e usado).

Avaliei muito se realmente precisava de um tablet e qual a melhor escolha: um com USB, com cartão SD, com teclado, com sei lá o que mais.

apple-vs-androidAcabei ficando com o iPad por oportunidade. Um amigo comprou um iPad2 novo e estava se desfazendo do antigo. Um modelo 32 gb com 3G.

Para o meu início e para avaliação serviria muito bem. E, realmente tem se mostrado uma boa escolha até o momento.

Na verdade fui convencido mais pelos aplicativos da AppStore do que pelo equipamento. Apesar de achar que a qualidade incorporada no iPad (nitidez, sensibilidade ao toque, etc) ainda é melhor que a dos outros tablets. E fiquem sabendo que sou fã do meu celular Samsung Galaxy S com Android  e não troco ele por um iPhone não.

Mas no tablet ainda tendo para o iPad. Apesar de não ser uma pessoa que tenha experiência com os outros tablets, o que pode distorcer a minha visão sobre as outras opções . Falo pelas avaliações que fiz nas lojas mesmo, e com um ou outro modelo em mãos para uso momentâneo.

Sobre os contras para o iPad, indiscutivelmente a conexão somente pelo iTunes e todas as amarroções decorrentes do ID Apple e suas vinculações. Uma chatice. A loja no Brasil tem limitações, a loja americana não aceita o cadastro de um brasileiro. E surgem então as artimanhas para conseguir baixar um  simples Angry Birds, por exemplo. Muito ruim o modo como o iTunes sincroniza os dados. Você precisa sempre se lembrar de exportar para o iTunes na aplicação que você usa no iPad (isto se ela tiver esta opção) para ter uma cópia do que foi gerado em determinado aplicativo e outras coisas do genero. Além do enorme risco de você sincronizar um iPad usando uma ID errada da Apple e perder tudo que tem nele, a sincronização dele é unidirecional em muitas coisas (do PC para o iPAD) apagando fotos, musicas e vídeos, por exemplo. O Rafael até hoje deve se lembrar disto depois que apaguei todos os dados de um iPod ao tentar passar as fotos dele para o PC. E parece que não haviam outras cópias. Sobrevivi, mas ele não fez mais consultas técnicas por um bom tempo. Descobri que o mundo Apple é diferente do mundo Windows e do Mundo Linux. Da pior forma é claro.

É evidente que o iPad é feito para conviver com toda a familia Apple: iPod, iPhone e Mac’s. Estes todos funcionam em sintonia. Não é o meu caso. Mas tem funcionado. Com mais trabalho mas tem funcionado.

Se a Apple flexibilizasse mais esta relação iPad x PC , acredito que muitos mais cederiam aos encantos dos equipamentos da marca. Também acho que isto é uma estratégia de afiliar à marca.

Mas não é esso o assunto. Como eu disse,fui convencido mais pelos aplicativos do que pelo equipamento.

Tres tipos de aplicativos me seduziram e me fizeram ceder a maça: um de música, outros de escrita com caneta no estilo agenda ou blocos de notas e os aplicativos de desenho.

10-GarageBand (Custom)GARAGEBAND

art-set-ipad-1-thumb (Custom) ART SET

SketchBook_Pro_by_Autodesk_01 (Custom) (2)SKETCHBOOK PRO

Auryn Ink - Logo 175AURYN INK

ipadNoteshelf1 (Custom)NOTESHELF

Vou falar de cada grupo (ou aplicativo) em um post (ou em mais de um).