Hoje vi algumas fotos de antigos quadros meus. Gostaria de pintar novamente, mas por algum motivo nunca começo. Ou começo e paro.
Acho que são as outras atividades que me envolvo. Acabam tomando meu tempo. E para pintar, eu preciso parar, criar um ambiente, um clima. Retomar o manuseio do material. Coisa que perdi pela falta do uso.
Já fiz varias investidas mas nenhuma resultou em sucesso. Agora tento com o iPad e algumas aplicações feitas para isto. Sei que não é a mesma coisa, mas talvez pela portabilidade dele eu finalmente consiga. Algumas aplicações tem um realismo muito próximo do manuseio do material verdadeiro, como a aquarela. É sobre estas aplicações que falarei outro dia.
Hoje preferi falar sobre outro assunto.
As vezes sou pego por alguém, ou eu pego alguém de passagem pelo messenger ou gtalk ou skype (agora inventaram varios e cada amigo prefere um deles. Antes era só o messenger – complicado).
E ai rola uma conversa. Consultas técnicas ou só bobagens mesmo. Vejo que estas conversas me trazem sempre boas lembranças destes amigos distantes. Não vou esconder que sempre bate a saudade de conversar pessoalmente. Do churrasco, da beira da praia ou qualquer outra bobagem feita juntos.
Lembrei do tempo em que o Rafael estava em San Diego. Hoje sou eu que estou distante, em Brasília.
Naqueles dias gostava de conversar com ele e ver como iam as coisas por lá. Também com a Mariana. Muito tempo passou depois disto. E lembro que eles passavam alegria sempre que conversavamos. Achava eles as vezes cansados ou preocupados. Mas querer que eles estivessem bem todos os dias também era querer demais.
Nestes momentos que se vê quem é doce e amável. E estes dois são assim. Claro que o Rafa não é só isto. Também é um mala muitas vezes. Mas todos somos muitas vezes. É isto que nos faz interessante. Os nossos acertos e nossos erros. Mas o que nos faz ter valor é este interesse que temos pelos outros. Esta vontade de ajudar os outros, de querer saber o que estão fazendo, como estão, o que podemos fazer para ajudar. E isto, estes dois tem. Não tanto é verdade, não vamos exagerar, pois ainda são jovens. Gosto muito deles assim como são. Na maioria das vezes alegres e brincalhões. Nesse jeito de irresponsável leveza nos ajudam a levar a vida.
Um beijo no coração de cada um.
P.S. Este texto também serve para o Rodrigo que hoje, como eu, também esta fora, em Sinop. Mas, lamentavelmente, eu tenho tido pouco contato com ele nos últimos tempos. Horários que não combinam, viagens que não coincidem. Um grande beijo para ele também.