Ontem, um meio feriado…

Ontem foi dia de ponto facultativo em Brasília. Dia do Evangélico.

Bancos pararam, ministérios funcionaram, empresas de TI (algumas) pararam (por força de clausulas de acordo coletivo), consultórios médico funcionaram. Ou seja, um dia dificil de definir o que estava disponível. Fui ao shopping para tentar me contaminar um pouco com o germe do consumo, para os presentes de natal. Os preços serviram como vacina, acho, e o germe não me contaminou.

Lembrei do movimento dos americanos em Wall Street e nas lojas no Black Friday contra o consumo. Realmente vivemos um tempo em que o consumo é motivado pelo simples prazer e pela necessidade de consumir. Para sermos parte, desta forma, da sociedade “normal”, da “sociedade “bem sucedida”. Estamos sendo enganados e sabemos disto. Mas gostamos de participar deste jogo, mesmo que isto nos fruste mais do que nos satisfaça. Pois não temos o último modelo de carro, ou a TV com os últimos recursos, como “os outros”.

Lembrei como funcionava a alguns anos o simples ato de comprar uma TV nova. Começava porque a TV anterior havia estragado e não compensava consertar, ou mesmo não tinha mais conserto. Isto depois de uns 10 ou 15 anos. Hoje televisores são ofertados em novos modelos a cada dia, provocando um consumo só para termos o último recurso lançado.

Sua Tv é de tubo? Tela plana? Ou ainda de plasma? LCD? LED? Full HD?  Com sintonizador digital? Com acesso Internet? Wi-fi ou com cabo? 3D? Com óculos passivos ou ativos? Tem PIP? Grava a programação?

Ainda é com óculos para ver em 3D? Bom, mas ai já começa o que ainda est por vir. Isto que não falei nas polegadas, nos acessórios conectados como DVD Players, home theater ou Blu-Rays. E seus discos? Ainda são em mídia vinil, ou DVD (e qualidades correspondentes)? Ou já trocou todos para Blu-Ray? Esta é a idéia. Não basta trocar só o equipamento principal. E sua TV a cabo? Já é HD ou você também precisa trocar?  É, eles são bons nisto.

Que fique claro que não sou nenhum santo: faço parte dessa massa de consumistas e gosto dela. Mas também me sinto frustrado muitas vezes por não poder acompanhá- na velocidade em que ela avança. É preciso identificar o limite entre o desejado e o possível.

Um colega me passou, há algum tempo, um vídeo que trata sobre este assunto. Vale olhar. Ele confronta duas ideias válidas: é necessário produzir para gerar empregos, mas é necessário cuidar da forma de produzir, pois os recursos, as matérias primas, são finitos.

Produzido pelo Canal 2 da Televisão Espanhola e RTVE.

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